quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Somos incrivelmente previsíveis #só que não

Bha, hoje eu nem me acordei com vontade de escrever, eu dormi com vontade de escrever e simplesmente acordei com tudo na cabeça, ali borbulhando....isso apenas porque acabei descobrindo algo meio óbvio: sou extremamente contraditória. E não um pouco contraditória não...sou muito contraditória...mas acabei refletindo o quanto isso é o que há de verdadeiro em mim e talvez em você também. E eu descobri isso simplesmente pela minha forma contraditória de ser, de agir e de viver. Não pense mal de mim, não sou daquelas que muda de idéia ou que não sabe o que deseja, apenas tenho lados distintos que em muitos momentos de minha vida se batem sem se aniquilarem, mas incrivelmente se complementam. E essas descobertas eu venho fazendo todos os dias, me surpreendendo e verdadeiramente sendo quem sou sem ressentimentos. E talvez nesses encontros pessoais e individuais que compartilho hoje você encontre um pouco do que há em você mesmo durante a leitura. 
Eu sou do tipo estranho que na sua biblioteca particular tem guardado com super carinho a biografia completa de Che Guevara e bem do ladinho dela está toda Saga Crepúsculo. Mais ao lado o Livro dos Espíritos e o Evangelho Segundo o Espiritismo, logo abaixo da Bíblia Sagrada Católica que fica acima da minha belezura que é o Harry Potter, o qual se apoia nos livros de Leonardo Boff, Jane Austen e Michel Foucault. Se contar que nesse meio todo ainda estão Rotinas em Obstetrícia e minha relíquia de livros sobre amamentação, obstetrícia e ginecologia. Uma mistureba que mostra a minha total contradição....só que não. 
Sou daqueles tipos contraditórios que adora documentários interessantes, ama filmes com mensagens de luta, força e fé, mas nunca esqueceu as sensações ao assistir filmes como Amor além da vida, Comer Rezar Amar e o Sorriso de Monalisa. Adoro filmes sérios e que contam histórias reais como Diários de Motocicleta e Cazuza, ah queridos....mas nada em minha vida me fez correr tanto para ir ao cinema do que Amanhecer parte 2.
Eu sou de uma forma incrivelmente estranha que prefere ver filmes que já assistiu a ter que ver um novo...Cartas para Julieta, Comer Rezar Amar, Os vingadores, Crepúsculo e Orgulho e Preconceito talvez tenham batido todos os recordes de bilheteria na minha casa. Contraditório? Não...meu geito só que não de ser. 
E se eu for falar de televisão fica mais contraditório ainda. Não aceito de geito nenhum programas como O Pânico na TV, Zorra Total, Faustão, Fantástico e tantos outros que sinto afrontarem totalmente meu cérebro, me idiotizarem, me sinto ofendida. Mas aí todo janeiro acompanho fervorosamente o Big Brother Brasil e torço de verdade...pode isso? Fora que adoro todas as lutas do UFC....eu simplesmente enlouqueço e vibro em cada uma delas, enquanto meu marido pergunta como posso gostar tanto daquilo. Não...isso não pode...ou será que pode sim?
E música...eu amo Maria Rita, Gilberto Gil, Legião, Cássia Eller, Cazuza, Raul Seixas, Lenine, Zeca Baleiro e Oswaldo Montenegro...cada canção uma poesia. Mas basta tocar "Ai se eu te pego" meu bem que eu já saio pulando....Os shows que eu fui? Nenhum destes...apenas Sandy e Junior (duas vezes por sinal), Roberto Carlos (duas tb) e agora babem...Aviões do Forró (esse porque ganhei...hehehehe)...E ainda me maltrato até hoje de não ter ido na Paula Fernandes e Vitor e Leo...Maria Rita linda que é linda mesmo veio na minha cidade e achei caro demais...e nem era pra falar a verdade....eheheeheheh. Ai sou um poço eterno de contradições...ridículas as vezes até.
Sou daquelas professoras esquisitas que tentam fazer tudo novo, mas as vezes acaba caindo no velho e tradicional. Daquelas que acedita que a chamada nem sempre determina a presença do aluno, que a nota quase sempre não revela o potencial de alguém e que aprender deveria ir além, deveria compartilhar lutas...e de repente acabo fazendo as mesmas questões de prova que meus próprios professores faziam e eu questionava. Contradição que as vezes me faz sofrer. Não pode isso.
Ai e o discurso então...aquele discurso certinho do que pode e não pode...coma isso, não beba aquilo, pratique exercicios toda semana, tenha boa postura no computador...bla bla bla...e ai eu me entupo de chocolate, adoro uma cervejinha, pago um plano semestral de academia que não frequento há dois meses e neste momento estou toda torta escrevendo essa postagem. Isso me incomoda um pouco # só que não também.
Eu sou daquelas esquisitas que possui um cachorro que é gente, um aquário no qual nunca sobreviveu um peixinho por mais de uma semana e dona de uma casa cheia de plantas que eu amo, mas esqueço de regar. 
Sou das pessoas que briga pelo que acredita, mas que odeia briga, mas depois que entra em uma sai da frente (escorpião né...). Daquelas pessoinhas estranhas que realmente fala o que pensa, que não esconde o que sente, que defende o que acredita e o que acha certo, mas depois fica com um medo das consequencias para si mesmo das coisas que falou e fez. Daquelas super calmas, da paz...mas que quando explode é um vulcão. E em muitos momentos sem volta. Eu já fui parar na delegacia defendendo um cachorro, na direção de um hospital quatro vezes, sendo que trabalhei lá cinco meses, lutando pelo que achava certo e justo e na contramão de opiniões desenfreadas de pessoas ignorantes.
Sou a pessoinha incrivelmente feliz que sofreu demais com depressão. A que sempre qi morar sozinha, ter vida independente e ser mulher moderna...e descobriu pelos caminhos da vida que morar só é um saco, ser independente não significa ser solitário e ser moderna é apenas uma atitude e não uma sensação de solidão.
A pessoa contraditória que acredita em DEUS, coordenou encontros de jovens católicos, hoje frequenta sessões espíritas, entra no mar pedindo benção para Iemanjá, tentou meditar várias vezes sem sucesso e acredita que o amor realmente vai além da vida. 
A doutoranda estranha que não acredita em muitas coisas que vivencia na sua vida de pós-graduanda e que ainda não entendeu bem pra que realmente servirá o título de doutora na sua vida, além apenas da questão financeira. A mulher incrivelmente contraditória que sempre sonhou fazer doutorado e hoje não vê mais nenhum sentido real disso na sua vida. Nada que faça uma diferença real no mundo aqui fora, pras pessoas aqui fora e pra verdade que reside em mim....aquela que enfrentou toda uma seleção e hoje se dá conta que, bom, irá até o fim....mas que o sentido já se perdeu no meio do caminho.
A mulher de dieta que incrivelmente nunca recusa um convite que envolva comida.
Aquela que não suporta diferenças de classe e que luta contra o consumismo desenfrado dessa vida louca que vivenciamos. Entetanto, não consegue entrar numa loja de sapatos e sair de mãos vazias, cujo lema é "para uma mulher sapatos nunca são demais". A pessoa intensa que não consegue entender tanta diferença nesse mundo, mas ao mesmo tempo sonha em ser uma Carrie Bradshaw de Sexy and the City. A que tem no tênis e na sapatilha sua forma de viver, mas que, na boa....ama um brilho.
Bom, a contradição, como vcs puderam perceber faz parte de mim. E antes ela me incomodava, como se eu precisasse escolher um lado para defnir quem eu sou. Ou eu ou eu?
Ou eu sou Guevarista e monto em uma motocicleta lutando pelo mundo ou eu sou a Carry e seu imenso closet cheio de sapatos Jimmy Choo e bolsas Louis Vuitton.
Ou eu leio Crepúsculo e Harry Potter ou estudo Microfísica do Poder de Foucault. 
Ou eu encaro o regime e nunca mais coloco uma trufa na boca, ou eu largo de mão e me jogo nas batatinhas fritas do Burguer King.
Ou eu acredito em vida após a morte ou creio que somente Jesus voltando podemos nos reencontrar com quem já se foi. Ou eu nado sem pedir permissão pra Iemanjá ou eu paro de ler o horóscopo todo domingo na ZH. 
Ou eu ouço Maria Rita e Gilberto Gil e esqueço de vez o pagode, ou caio no samba de uma vez e assumo que nada mais divertido do que um bom axé de Ivete Sangalo. 
Ou assisto os documentários do Discovery ou assumo que assistir os programas de moda do Home e Health são o que há delicioso para se conquistar o glamour....
Ah...quer saber...não quero ser pela metade...tudo isso sou eu por completo...ser essa metamorfose ambulante como dizia Raul e o turbilhão de sensações como Paula Fernandes canta...essa sou toda eu...e sempre fui assim...a escorpiana cristã que usa tênis e ama roupa de oncinha. A fresca mais forte e corajosa que eu mesma já conheci. A enfermeira professora que não gosta de nada que lembre coisas nojentas, mas que na hora do vamos ver arraza...sem falsas modéstias, afinal ser modesta e me sentir tb fazem parte das minhas metades contraditórias. 
E se alguém quiser me julgar, dane-se. Eu me encontrei assim, deixei do "ou isto ou aquilo" e assumi que na minha maior verdade eu sou mesmo uma maluca beleza com seus momentos de diva. E isso me torna contraditória sim, mas até um pouco mais divertida. 
Você me verá por aí em passeatas, postando coisas relevantes para a sociedade, mas tb me verá por aí paseando com meu poddle na cestinha da minha bicicleta rosa. 
E assim, sem receio do julgamento contraditório e preconceituoso alheio eu me mantenho sendo quem eu sou...as vezes Che, as vezes Carry e sempre, em todos os momentos...Única.

Sofia



Seja feliz do jeito que você é, não mude sua rotina pelo o que os outros exigem de você simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver...
(Bob Marley)




sábado, 8 de setembro de 2012

Quanto vale o seu viver?

Eu não me importo nem um pouco de ficar meses sem escrever, na verdade nem um pouco mesmo. Acho que ter esse espaço meu e somente meu me dá a oportunidade de escolher em que determinado momento irei utilizar este caderno de anotações para algo que me mova, assim como diZ o subtítulo. Pra escrever de tudo um pouco, coisas pequenas e sem tanta profundidade eu uso outros meios de comunicação. Agora esse aqui é especial demais pra utilizar para qualquer comentário ou crítica. Tudo que escrevo aqui tem tanto haver com meu momento, minha alma ou vivências altamente pessoais, muitas vezes também coletivas.
E hoje, depois de meses, deu uma vontade de escrever sobre coisas que me questiono cotidianamente. E nesses últimos dias venho me perguntando o que na vida vale mais, o que pode nos mover com maior velocidade, o que pra você significa felicidade? E venho me perguntando porque tenho visto tanta gente sofrer por coisas que para mim não valem absolutamente nada em matéria de alma e coração.
Quanto você está disposto a pagar pela sua liberdade de expressão?
Por quem você desistiria de si e de sua família? Valeria isso realmente a pena?
Amar significa anular-se?
Viver uma vida de aparências, seja ela real ou fictícia postada no facebook, realmente vale a pena?
Ai eu me pergunto várias vezes o que pode nos trazer felicidade, momentos de deleite nessa vida.
Pra mim as respostas são simples: família, amor, família, amor, família, amor....
Pela minha liberdade de expressão, mesmo sofrendo, eu não pago nada, apenas luto por ela, incansavelmente...as vezes encontrando outros guerrilheiros fiéis e sonhadores pelo caminho. Expressar-se e poder dizer o que penso, sem a premissa de falar o que se quer sem pensar nas consequencias e sem amor ao próximo, defender o que acho correto e lutar por mais justiça e igualdade realmente me proporciona uma felicidade muito maior que o sofrimento das pedras pelo percurso.
Por ninguém, absolutamente ninguém, nem nada ou coisa alguma, me fariam desistir ou magoar a minha família, bem mais precioso que tenho nessa vida. Ninguém nesse mundo pode valer mais do que eles. E no final das contas, depois de muitas pessoas que passaram na sua vida, quem fica mesmo em todos os momentos, sem interesse nenhum são apenas eles.
Verdadeiramente amar não exige anulação. Amar é um sentimento tão profundo que não há palavras para dizer o que ele é, apenas o que eu tenho certeza que nunca será. Aquele que lhe ama sente isso pelo que você é...tenha você chulé, tenha ou não casa, carro ou outros bens, faça bolo certo ou errado, vista-se pela manhã sempre com a camiseta virada por causa do sono, durma mais do que a cama...enfim...não importa...se a pessoa lhe ama ela jamais vai querer mudar você, afinal ela ama quem você é e não quem ela produziu a partir de sua matriz.
Viver de aparências, reais ou virtuais, é pura ilusão. A gente sente uma obrigação de mostrar a todos tudo que temos e fazemos, nas páginas sociais fazemos questão de postarmos fotos de nossos sorrisos, nossas compras, nossos sucessos...apenas eles...e as pessoas nunca conhecem o que e quem realmente somos. Ai de você s enão postar fotos lindas, sorridentes ou fazendo biquinho...logicamente vc está deprimidérrimo e ninguém, absolutamente ninguém, quer compartilhar isso com você. Ninguém irá curtir você. E, nesse instante, a ditadura da aparência e da felicidade facebookiana toma conta de toda a sociedade. Ninguém quer ler sobre política. Ninguém quer saber de greve e por favor nunca, absolutamente nunca, poste tristezas ou denúncias...vc tem grandes chances de ser eliminado desse grande BBB da vida real...será real mesma?
Sei lá...ando tão cansada de tantas coisas. Pra que tanto título, tanta leitura, tantas teorias, tantas pesquisas, tantas teses....continuamos primatas, homens das cavernas em tantas coisas. Pesquisamos tanto, sabemos tudo que pode destruir o planeta, mas continumos jogando o papel de bala no chão. Descobrimos novas drogas incríveis para curarmos viciados em drogas ultrapassadas. Brigamos com a família e amigos por motivos tão ridiculos que as vezes nem nós mesmos sabemos o que realmente aconteceu.
Pra que tanta perda de um tempo tão precioso? Pra que tanta buzina nas ruas? Pra que tanto barulho? Porque tanto fone de ouvido? O que não queremos ouvir do outro?
Eu não tenho respostas nem pra mim, quanto mais para você que me lê.
Eu apenas desejo sinceramente que após ler este artigo simples que escrevo nessa noite fria do SUL do País, eu e você possamos fazer diferente. Possamos ser felizes sem desejar nada de ninguém, sem esperarmos nada de ninguém, mas doando tudo de amor e paz que possamos compartilhar.
Um grande abraço
SOFIA

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Chegadas e Partidas

Começo hoje com uma letra íncrivel da música Encontro e Despedidas da eterna Elis Regina:

"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem..
.
"

E não é que é mesmo...a gente chega em um determinado momento, assutado com o novo, com o desconhecido e, daqui a algum tempo, está se despedindo...com saudades de quem fica no local da partida.
Há quatro anos atrás eu cheguei em um local totalmente estranho...grande, enorme na verdade, com milhares de gente desconhecidas, com andares, corredores, cores e olhares totalmente indiferentes a mim. E cheguei com medo. E apesar deo lugar ter sido muito desejado ele acabou virando assustador, desafiador demais pra mim e eu permiti que este medo me dominasse e me fizesse querer sair correndo dali imediatamente. O sonho havia se transformado em pesadelo? Ou pelo medo eu havia modificado o modo de sonhar?
E por um breve instante eu desisti...quis partir logo após a chegada, sem nem ao menos me dar chance de olhar mais de perto e de finalmente poder me apresentar como sou e conhecer quem os outros eram.
Incrivelmente, nesse momento, as pessoas deste lugar "assustador" acreditavam em mim muitomais do que eu mesma. Essas incríveis desconhecidas colocavam fé em mim como eu mesma nunca havia me colocado. E essas pessoas me mostraram que valia a pena continuar, que elas queriam se tornar mais que conhecidas, quem sabe amigas e que eu precisava dar essa chance ao local, à elas e a mim mesma.
E eu resolvi chegar novamente, "pedi um abraço e venha me apertar que tô chegando!...melhor ainda é voltar quando quero..."
Me proporcionei uma nova oportunidade e conheci gente maravilhosa, gente que veio pra ficar, gente que me apoiou e me fez acreditar em mim novamente. E eu descobri que ainda tinha muito potencial dentro da minha alma que eu ainda desconhecia.
E tantas foram as mudanças a partir deste reencontro que hoje, depois de tudo, eu realmente escolhi partir...Não pelos mesmos motivos, pelo contrário...eu escolhi partir sem medos, sem derrotas e sem pré-conceitos. Eu parto com a certeza que ficar foi a melhor coisa a se fazer...que a mulher que sai hoje é bem diferente da menina que chegou ontem e que com todas as pessoas que convivi eu aprendi principalmente a ter coragem!
Obrigada Unidade de Internação Obstétrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre...Com vocês aprendi tanto que nem há espaço em qualquer blog para citar tudo...o importante é que hoje tudo que aprendi irei compartilhar e dessa experiência pretendo contribuir ainda mais pela saúde desse país ainda tãodoente.
Amo a todos vocês...sem excessões...sem ressalvas...sem conceitos...cada um, com seu modo acolhedor e íncrivel me fez acreditar que Chegar e Partir é sempre possível...principalmente quando no meio desse trajeto a gente encontra espirítos de luz e amigos de fé.

E vamo que vamo..chegar em outro lugar...partir sem ter planos...afinal são apenas dois lados da mesma viagem...como diria Elis.

Beijos

Sofia

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Para sempre...

A coisa mais difícil dessa vida é perder um amigo...um irmão.
Talvez você não me entenda, ou não compreenda, ou até mesmo seja insensível ao ponto de não perceber que perder um amigo fiel, companheiro e de um amor incondicional, é uma das coisas mais difícceis que se pode passar.
Eu tinha (e ainda tenho) uma amiga assim, 15 anos de amizade inesquecivel e insuperável. Os 15 anos de um amor incondicional, sempre presente nas alegrias e nas tristezas e sempre pronto pra ficar junto nos momentos difíceis.
Ela esteve presente comigo nas minhas primeiras aventuras, viu o meu primeiro amor, roubava balas dos bolsos dele por sinal, comemorou a formatura de nossa mãe e a nossa aprovação no vestibular (minha e do nosso pai). Esteve presente nos trabalhos da faculdade, as vezes ficando até altas horas comigo me dando força no computador. Estava lá nos agradecimentos da minha formatura e do meu mestrado. Sentimos falta uma da outra quando sai de casa...e quando eu chegava a sua festa e alegria pela chegada era especial.
Amava biscoitos, chocolate, frutas, bolachinha recheada, iogurte e todas as besteiras boas dessa vida. Tomava chimarrão com meu pai todas as manhas e fazia companhia a minha mãe nos momentos de televisão na sala. Ela estava sempre lá.
E quando casei...ela viu e cheirou o meu vestido...como que aprovando a beleza contida nele...e comeu o bolo de casamento...aprovando sem dúvida nenhuma.
Passeios na praia, colo e dormir junto na cama, brigas com meu cachorro, amiga das queridas Lili e Kity, fiel e forte até o último minuto.
Mas seres com tão alto grau de iluminação não permanecem só na terra...eles precisam iluminar também o céu. E hoje, com certeza a noite será bem mais estrelada. 
NALA...eu agradeço a sua amizade, a sua parceria, o seu carinho, o seu amor incondicionável, a sua saudade, a sua força, o exemplo de guerreira, a magia do seu nariz sempre molhadinho, o andar desageitado de gordinha, o olho grande em cima de tudo que fosse gostoso de comer e a sua fé na vida.
OBRIGADA QUERIDA! VOCÊ É E SEMPRE SERÁ INESQUECÍVEL NA MINHA VIDA!