sábado, 8 de setembro de 2012

Quanto vale o seu viver?

Eu não me importo nem um pouco de ficar meses sem escrever, na verdade nem um pouco mesmo. Acho que ter esse espaço meu e somente meu me dá a oportunidade de escolher em que determinado momento irei utilizar este caderno de anotações para algo que me mova, assim como diZ o subtítulo. Pra escrever de tudo um pouco, coisas pequenas e sem tanta profundidade eu uso outros meios de comunicação. Agora esse aqui é especial demais pra utilizar para qualquer comentário ou crítica. Tudo que escrevo aqui tem tanto haver com meu momento, minha alma ou vivências altamente pessoais, muitas vezes também coletivas.
E hoje, depois de meses, deu uma vontade de escrever sobre coisas que me questiono cotidianamente. E nesses últimos dias venho me perguntando o que na vida vale mais, o que pode nos mover com maior velocidade, o que pra você significa felicidade? E venho me perguntando porque tenho visto tanta gente sofrer por coisas que para mim não valem absolutamente nada em matéria de alma e coração.
Quanto você está disposto a pagar pela sua liberdade de expressão?
Por quem você desistiria de si e de sua família? Valeria isso realmente a pena?
Amar significa anular-se?
Viver uma vida de aparências, seja ela real ou fictícia postada no facebook, realmente vale a pena?
Ai eu me pergunto várias vezes o que pode nos trazer felicidade, momentos de deleite nessa vida.
Pra mim as respostas são simples: família, amor, família, amor, família, amor....
Pela minha liberdade de expressão, mesmo sofrendo, eu não pago nada, apenas luto por ela, incansavelmente...as vezes encontrando outros guerrilheiros fiéis e sonhadores pelo caminho. Expressar-se e poder dizer o que penso, sem a premissa de falar o que se quer sem pensar nas consequencias e sem amor ao próximo, defender o que acho correto e lutar por mais justiça e igualdade realmente me proporciona uma felicidade muito maior que o sofrimento das pedras pelo percurso.
Por ninguém, absolutamente ninguém, nem nada ou coisa alguma, me fariam desistir ou magoar a minha família, bem mais precioso que tenho nessa vida. Ninguém nesse mundo pode valer mais do que eles. E no final das contas, depois de muitas pessoas que passaram na sua vida, quem fica mesmo em todos os momentos, sem interesse nenhum são apenas eles.
Verdadeiramente amar não exige anulação. Amar é um sentimento tão profundo que não há palavras para dizer o que ele é, apenas o que eu tenho certeza que nunca será. Aquele que lhe ama sente isso pelo que você é...tenha você chulé, tenha ou não casa, carro ou outros bens, faça bolo certo ou errado, vista-se pela manhã sempre com a camiseta virada por causa do sono, durma mais do que a cama...enfim...não importa...se a pessoa lhe ama ela jamais vai querer mudar você, afinal ela ama quem você é e não quem ela produziu a partir de sua matriz.
Viver de aparências, reais ou virtuais, é pura ilusão. A gente sente uma obrigação de mostrar a todos tudo que temos e fazemos, nas páginas sociais fazemos questão de postarmos fotos de nossos sorrisos, nossas compras, nossos sucessos...apenas eles...e as pessoas nunca conhecem o que e quem realmente somos. Ai de você s enão postar fotos lindas, sorridentes ou fazendo biquinho...logicamente vc está deprimidérrimo e ninguém, absolutamente ninguém, quer compartilhar isso com você. Ninguém irá curtir você. E, nesse instante, a ditadura da aparência e da felicidade facebookiana toma conta de toda a sociedade. Ninguém quer ler sobre política. Ninguém quer saber de greve e por favor nunca, absolutamente nunca, poste tristezas ou denúncias...vc tem grandes chances de ser eliminado desse grande BBB da vida real...será real mesma?
Sei lá...ando tão cansada de tantas coisas. Pra que tanto título, tanta leitura, tantas teorias, tantas pesquisas, tantas teses....continuamos primatas, homens das cavernas em tantas coisas. Pesquisamos tanto, sabemos tudo que pode destruir o planeta, mas continumos jogando o papel de bala no chão. Descobrimos novas drogas incríveis para curarmos viciados em drogas ultrapassadas. Brigamos com a família e amigos por motivos tão ridiculos que as vezes nem nós mesmos sabemos o que realmente aconteceu.
Pra que tanta perda de um tempo tão precioso? Pra que tanta buzina nas ruas? Pra que tanto barulho? Porque tanto fone de ouvido? O que não queremos ouvir do outro?
Eu não tenho respostas nem pra mim, quanto mais para você que me lê.
Eu apenas desejo sinceramente que após ler este artigo simples que escrevo nessa noite fria do SUL do País, eu e você possamos fazer diferente. Possamos ser felizes sem desejar nada de ninguém, sem esperarmos nada de ninguém, mas doando tudo de amor e paz que possamos compartilhar.
Um grande abraço
SOFIA

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